O jornalista Amaury Ribeiro Jr. lançou, na noite desta segunda-feira (6/2/12), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, seu último livro “A Privataria tucana”, que traz denúncias contra personalidades do PSDB e possíveis irregularidades no processo de privatização de estatais, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Antes do lançamento, na Galeria de Arte do Espaço Político-Cultural Gustavo Capanema, Amaury Ribeiro concedeu entrevista coletiva na ALMG.
O jornalista afirmou que todas as denúncias estão documentadas e podem ser comprovadas e que refletem apenas uma parte das irregularidades que ocorreram. Segundo ele, os desvios de verbas foram conduzidos pelo “alto tucanato de São Paulo”. “Mapeei apenas uma parte da roubalheira. A gente sabe que é muito mais”. A obra também fala de uma possível espionagem promovida pelo ex-governador José Serra contra o também ex-governador Aécio Neves.
O líder do PT, deputado Rogério Correia, que também participou da coletiva, elogiou o trabalho do jornalista. "O livro trouxe uma dimensão política que talvez o Brasil não soubesse", afirmou.
CPI - O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) acompanhou Amaury Ribeiro Jr. O parlamentar é autor do pedido de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados para apurar as denúncias trazidas pelo livro. Segundo ele, já foram obtidas 206 assinaturas para a abertura da comissão, número superior às 171 exigidas.
Protógenes Queiroz disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), se comprometeu a instalar da CPI, caso sejam confirmadas as assinaturas. Queiroz acredita que ela será implantada após outras três que foram solicitadas anteriormente. Segundo ele, além de quase todos os deputados aliados, o pedido também teve a adesão de parlamentares do próprio PSDB. Participaram da coletiva deputados federais do PT e do PCdoB, deputados do PT, PCdoB e PMDB e prefeitos petistas.
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