A mudança no regime de plantão de delegados, escrivães e investigadores de Polícia Civil, oficializada pelo delegado regional de Montes Claros, José Messias Sales, está produzindo uma espécie de incêndio sem fumaça na Delegacia de Plantão, na rua Doutor Veloso, Centro. Não se fala abertamente sobre o assunto, mas a mexida nas Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisps) e delegacias da jurisdição da regional vem provocando uma avalanche de reclamações. A reportagem do JN teve acesso às escalas e a um mandado de segurança do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG) solicitando à Justiça a revisão das escalas.
De acordo com um delegado, que preferiu ficar no anonimato, em represália à ação do sindicato, José Messias montou outra escala, pior à anterior. Ele alegou ainda que até mesmo delegado da classe especial, que foi regional em outra área do Estado, está na escala de plantão. “A nova escala de plantões tem afastado delegados e outros funcionários públicos em virtude da saúde”, disse o policial, que reconhece que a carga excessiva de trabalho, além das 40 horas semanais previstas em lei, e número reduzido de profissionais para atender às demandas da população forçaram para que ocorressem as mudanças.
De acordo com um delegado, que preferiu ficar no anonimato, em represália à ação do sindicato, José Messias montou outra escala, pior à anterior. Ele alegou ainda que até mesmo delegado da classe especial, que foi regional em outra área do Estado, está na escala de plantão. “A nova escala de plantões tem afastado delegados e outros funcionários públicos em virtude da saúde”, disse o policial, que reconhece que a carga excessiva de trabalho, além das 40 horas semanais previstas em lei, e número reduzido de profissionais para atender às demandas da população forçaram para que ocorressem as mudanças.
Mas para o policial, a medida leva outras delegacias a encerrarem o expediente às 18 horas nos finais de semana e feriados. O problema é que, em alguns casos, a unidade regional está a centenas de quilômetros de distância das cidades onde os problemas acontecem. Para o delegado, são muitas as queixas de colegas e agentes às mudanças, vez que não aceitam ser o bode expiatório da falida política de segurança pública da atual gestão em Montes Claros. Segundo um investigador da PC, que também preferiu não ter o seu nome divulgado, uma das justificativas para a alteração é exatamente a de que o atual regime do novo plantão tem comprometido, sobremaneira, a perfeita dinamização dos trabalhos policiais de investigação, que, por esta razão, está sofrendo várias interrupções.
Segundo ele, a falta de resposta à criminalidade, traduzida no congelamento de investigações e na consequente impunidade de bandidos, teria como causa a descontinuidade das apurações decorrente da elasticidade das folgas de delegados e suas respectivas equipes. “Com as mudanças, sofremos a perda de qualidade de vida associada ao novo regime, tais como menor tempo de convivência com familiares, maior nível de estresse e insatisfação”, completa o delegado.
Para não dizer que as queixas obtêm unanimidade absoluta, o que desqualificaria qualquer discussão séria, um delegado, que também preferiu não ter o seu nome divulgado, se posiciona a favor da mudança. Ele Listou uma série de razões que fundamentam sua opinião. Uma delas é que a idéia de mudanças nas escalas de plantões veio da cúpula da Polícia Civil mineira. Segundo ele, foi ela que adotou este esquema de plantões centralizados em delegacias regionais do Estado.
Fonte: Jornal de Notícias - www.jnnoticias.com
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