sexta-feira, 20 de maio de 2011

Professores(as): a categoria mais mal paga pelo Governo de Minas

Do blog do professor Levon Nascimento, Taiobeiras:
Enquanto muitos - inclusive professores(as) - alienadamente, cinicamente ou desavergonhadamente bateram palmas e "tietaram" o governador Antônio Anastasia (PSDB) no último sábado, 14 de maio de 2011, em visitas a Capitão Enéas, Rio Pardo de Minas e a Taiobeiras, faz-se necessário relembrar a quem ainda tem algum tipo de sensibilidade e realmente deseja que o futuro de nossa região, estado e país seja de fato melhor, que a categoria dos(as) educadores(as) é a mais mal paga de todo o Estado de Minas Gerais, se levada em conta a complexidade acadêmica e pedagógica, bem como a relevância social de sua função.
É preciso salientar, ainda, que Minas Gerais é a segunda economia do Brasil, batendo, a cada ano, recordes sucessivos de arrecação de impostos, uma vez que a carga tributária estadual é das mais altas do país. Então, dinheiro não falta. Falta vontade política. Falta consciência dos prefeitos, vereadores e deputados estaduais, de todos os partidos, salvo raras e honrosas excessões, em pressionar o governador para que melhore (de verdade) a remuneração dos educadores de Minas. Também deve haver consciência de toda a sociedade, inclusive dos próprios colegas professores e das famílias. Os professores não podem se alienar, se acomodar ou se curvar. As famílias precisam entender que da melhoria dos salários dos educadores depende também o progresso e a qualidade do ensino oferecido aos seus filhos. Por isto, o que se espera de pais e mães é que, ao invés de xingar os professores que paralisam ou fazem greve, deveriam é apoiar e compreender que, deste ato de saudável rebeldia depende a construação da cidadania de suas proles.
Não adianta bradar contra a violência que aumenta, o despreparo profissional recorrente, o avanço das drogas ou a degradação dos valores. A chave de solução disso tudo está na educação. Impossível educar sem bons "mestres". Difícil ter professores bem preparados e estimulados sem que se pague a eles com decência e respeito.
Para compreender melhor pelo que os professores de Minas Gerais lutam, clique aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

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