A ação desencadeada pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU) na manhã desta segunda-feira (16), sai as ruas com 70 mandados de prisão, 58 deles foram cumpridos. Presos são funcionários de prefeituras do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia.
Foram 25 no Rio Grande do Sul, seis no Paraná, três em Santa Catarina, 18 no Mato Grosso, seis no Mato Grosso do Sul e uma em Rondônia. Dentre os investigados, 30 servidores públicos municipais já foram presos e três estão foragidos. Outros três investigados ligados às empresas também estão sendo procurados.
As fraudes eram feitas em licitações para a compra de medicamentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a PF, os investigados atuavam no desvio de verbas públicas destinadas pelo Governo Federal para a compra de medicamentos por prefeituras. Os remédios deveriam ser distribuídos entre as populações carentes.
O Esquema
Empresas suspeitas de participar do esquema venciam licitações para a compra de medicamentos e insumos oferecendo preços baixos e cometiam irregularidades na entrega dos produtos.
Entre as irregularidades constatadas nas investigações da PF e da CGU estavam a entrega de quantidade menor do que a descrita na nota fiscal, entrega de medicamentos com a data de validade quase esgotando e a emissão de notas ficais que depois eram anuladas. Essas notas estavam sem os carimbos dos postos fiscais e com preços superfaturados, de acordo com a CGU.
As investigações demonstraram que havia servidores municipais envolvidos no esquema e que, em muitas vezes, não houve controle do estoque nas farmácias das prefeituras.
Segundo a PF, entre os presos no total de 34 servidores públicos municipais, 12 eram secretários municipais da fazenda, finanças e saúde.
Eles devem responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, fraude de licitações, formação de quadrilha e peculato, e possível lavagem de dinheiro.
Fonte: Gazeta do Povo
Nota de Alberto - Aqui em Minas a PF e CGU deveria apressar as investigações. Prefeitos e secretários municipais ladrões, com certeza, irão abarrotar as cadeias. Não há outra justificativa para a falta de medicamentos aos carentes quando verificamos o montante repassado ao setor pelos governos estaduais e federal. Abunda ladrões.
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