O ex-prefeito de Janaúba e ex-diretor geral do Instituto de Terras de Minas Gerais Ivonei Abade Brito alega inocência no suposto envolvimento com o esquema de grilagem de terra em municípios do Norte de Minas. Ivonei foi preso no início desta semana por suspeita de facilitar a venda de terras griladas para grandes empresas mineradoras.
A ação desarticulou uma quadrilha suspeita de causar um prejuízo de pelo menos 250 milhões de reais ao Estado pela venda de terras públicas e crimes de corrupção, principalmente no Norte de Minas. Os advogados do político entraram com pedido de habeas corpus na última quarta-feira para tentar relaxar a prisão.
Em sua defesa, os advogados de Ivonei Abade alegam que o político teria sido detido injustamente e que não foi ouvido pelo MP sobre as acusações de que é alvo. Ivonei e outras oito pessoas foram presas na Operação Grilo da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual.
Ivonei completou 59 anos na sexta-feira e seus advogados ainda tentaram que ele fosse liberado da prisão temporária ainda na sexta-feira e, se assim fosse, o ex-prefeito poderia passar o aniversário com familiares e correligionários em Janáuba. No entanto ele permaneceu “à disposição da justiça” –- eufemismo utilizado por seus assessores para evitar a palavra prisão — na sede da Polícia Federal em Montes Claros.
De acordo com o advogado de Ivonei, Farley Soares Menezes, a prisão do ex-diretor do instituto de terras e ex-prefeito de Janaúba foi um equívoco. Segundo o advogado, Ivonei nunca teve qualquer tipo de contato com os envolvidos na supostas ilegalidades apontadas pelo Ministério Público.
Em nota emitida por assessores, o ex-prefeito diz que assumiu o cargo de diretor-geral do Iter em março deste ano, quando as supostas irregularidades apontadas pelo Ministério Público Estadual já teriam ocorrido. “Nesse período, Ivonei Abade cuidou de invalidar vários procedimentos de regularização de terras onde existia dúvida acerca da legalidade”, diz o texto.
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