Até às 16h desta segunda-feira (1/8), o site do programa Ciência sem Fronteiras já havia recebido cerca de 470 mil visitas. De acordo com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq/MCT), a média é de cem acessos simultâneos por segundo. No ar desde a última sexta-feira (29/7), a página eletrônica contém informações voltadas a estudantes, pesquisadores, empresas e instituições de ensino e de ciência e tecnologia interessados no intercâmbio e na mobilidade internacional.
No site, é possível encontrar detalhes sobre cada uma das modalidades do programa – destinado, principalmente, ao estudo de brasileiros no exterior. Na área voltada aos estudantes, por exemplo, há explicações sobre cada tipo de bolsa, processos seletivos e critérios exigidos para participar do programa.
Por meio do Ciência sem Fronteiras, que é uma parceria entre os ministérios da Ciência e Tecnologia (MCT) e da Educação (MEC), o governo federal vai conceder 75 mil bolsas para estudantes e pesquisadores até 2014. O programa foi lançado pela presidenta Dilma Rousseff na semana passada durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Na ocasião, empresários brasileiros sinalizaram o interesse em financiar outras 25 mil bolsas de estudo, totalizando 100 mil estudantes beneficiados.
No total, por parte do governo federal, serão investidos R$ 3,16 bilhões, sendo R$ 1,43 bilhão do CNPq e R$ 1,73 bilhão da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC). Segundo o MCT, o processo de seleção dos alunos começará neste semestre. As áreas estratégicas do programa são engenharias e ciências básicas e tecnológicas.
Leia abaixo informações do programa por público-alvo
A Bolsa Brasil de Graduação Sanduíche (SWG) irá contemplar os estudantes que completaram ao menos 40% e no máximo 80% do curso universitário. O estudante deverá ainda se comprometer a permanecer no Brasil o tempo mínimo equivalente ao que esteve fora do país como bolsista. Para estudar no exterior, os alunos vão ganhar passagem aérea, seguro saúde, auxílio instalação e uma bolsa mensal de US$ 870. As taxas escolares também serão bancadas pelo Ciência Sem Fronteiras.
O potencial e o desempenho acadêmico serão critérios de seleção. Estudantes que ingressaram na instituição pelo do Programa Universidade para Todos (ProUni) ou do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e que obtiveram nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) superior a 600 pontos também poderão participar.
As bolsas Brasil Doutorado Sanduíche no Exterior (SWE) e Doutorado Integral no Exterior (GDE) terão processos de seleção divulgados periodicamente. Os benefícios compreendem bolsa mensal de US$ 1,3 mil, passagem aérea, seguro saúde, auxílio instalação e taxas escolares. Também serão concedidas cotas de bolsas na modalidade SWE para os cursos de pós-graduação com conceito maior ou igual a 4 na classificação da Capes.
Na página eletrônica do Ciência sem Fronteira, pesquisadores também podem obter informações sobre como participar. Entre 2011 e 2014, 660 pesquisadores serão escolhidos para fazer parte da Bolsa Brasil Estágio Sênior (ESN). Com duração de três a seis meses, essa modalidade prevê bolsa mensal de US$ 2,3 mil, passagem aérea, seguro-saúde e auxílio instalação. Pesquisadores doutores com formação obtida há pelo menos oito anos podem concorrer às vagas.
Outra modalidade voltada para profissionais com mais experiência é a Bolsa Brasil Pós-Doutorado no Exterior (PDE). Cinco mil cartas de estudo com bolsa mensal de US$ 2,1 mil, passagem aérea, seguro saúde e auxílio instalação serão concedidas até o fim da primeira edição do Ciência Sem Fronteiras. As bolsas PDE são voltadas ao pesquisador doutor que pretende complementar a formação com os temas e prioridades do programa. A duração da bolsa é de um ano.
Para atrair pesquisadores de outros países e brasileiros residentes no exterior, o programa Ciência Sem Fronteiras terá duas modalidades, voltadas às instituições de educação superior e às de ciência e tecnologia: Bolsa Brasil Jovens Cientistas de Grande Talento (BJT) e Bolsa Brasil Pesquisador Visitante Especial (PVE).
A primeira prevê que o cientista fique no país por três anos. Ele receberá passagem aérea, auxílio instalação, cota de bolsa de iniciação científica, auxílio financeiro para o laboratório e bolsa de R$ 7 mil por mês. Já a PVE é uma modalidade de bolsa diferenciada. O objetivo é atrair lideranças científicas internacionalmente reconhecidas. O pesquisador deve se dispor a permanecer no Brasil por algum tempo enquanto a bolsa estiver em vigência. Além disso, também deve se comprometer a receber brasileiros nos laboratórios no exterior.
Empresas que tiverem núcleos de pesquisas autônomos ou em parceria com outras instituições também podem participar do Ciência sem Fronteiras, como detalha o site do programa. Isso porque um dos objetivos da ação é aumentar a competitividade entre as corporações brasileiras. A intenção é fazer com que as empresas recebam bolsistas de pós-doutoramento e pesquisadores visitantes especiais. Além disso, devem ampliar a capacitação de seus próprios pesquisadores, por meio da Bolsa Brasil Treinamento de Especialistas no Exterior (SPE), cujos benefícios são: valor de R$ 1.300 mensais, passagens aéreas, seguro-saúde e auxílio de instalação.
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