A Construtora Cros deu início, nesta semana, à recuperação da pista em um trecho da BR-135 sob responsabilidade do Estado. Os trabalhos acontecem em 28,9 quilômetros entre os distritos de Nova Esperança, que pertence a Montes Claros, e Alvação, em Coração de Jesus, no Norte de Minas. Nos 82 quilômetros de Manga a Montalvânia, porém, os obras no asfalto, iniciadas em Junho de 2010, ainda estão em fase de terraplenagem.
A BR-135 foi idealizada pelo presidente Juscelino Kubitscheck, que elaborou seu traçado para facilitar o acesso de Diamantina, sua terra natal, a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro, na época a capital do país. Ela começa na BR-040 e termina em São Luis, no Maranhão.
Em Minas Gerais, faltam 115 quilômetros para serem pavimentados. Os outros 32 quilômetros, de São João das Missões a Manga, ainda não foram licitados. Este trecho foi embargado em 1987 pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e, desde então, nunca mais teve sua situação resolvida, apesar de o TCU ter determinado, tempos depois, a suspensão dos embargos.
Esta semana, a Construtora Cros iniciou os serviços de restauração da pista, que está mais danificada entre os distritos de Nova Esperança e Alvação. A empresa prevê que os 28,9 quilômetros deverão ser concluídos em 90 dias e por isso, em outubro, antes da chegada do período chuvoso, deverá estar liberado.
Paradas obrigatórias por 15 minutos
A intervenção faz parte de um pacote de obras do DER-MG para o Norte de Minas. Com o início dos trabalhos, são feitas paradas no trânsito por 15 minutos, em um lado da pista. Com relação ao trecho que liga Manga, Montalvânia e a divisa de Minas com a Bahia, o chefe regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Antônio Péricles Lobo, nega que a execução dos trabalhos esteja lenta. Segundo ele, em junho de 2010 foi dada a ordem de serviço. Antonio garante que as obras estão dentro do cronograma, que é de 18 meses. Afirma que o contrato foi assinado apenas em novembro do ano passado e que, por isso, as obras serão concluídas em 2012.
As três empresas responsáveis pelas intervenções tiveram que cumprir medidas como terraplanagem e instalação de canteiros, além de construir pontes, antes de dar início à pavimentação. A organização não governamental Bio/Rio, que acompanha as obras da BR-135 e faz o trabalho de educação ambiental no local, informou que desde março são realizadas prospecções no sítio arqueológico próximo ao distrito Monterrey, a 36 quilômetros de Montalvânia.
A empresa Habitus, especializada no setor, ficou encarregada dos serviços e afirmou que o trabalho foi voltado para o resgate de riquezas arqueológicas, como determina o licenciamento ambiental.
– Girleno Alencar
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