domingo, 7 de agosto de 2011

Petra Energia prospecta gás em Montes Claros

A Prefeitura Municipal de Montes Claros autorizou a Empresa Brasileira de Exploração e Produção de Gás Natural Petra Energia S.A a realizar estudos geológicos em estradas vicinais para detecção de petróleo e gás natural.
A decisão foi tomada quarta-feira (03/08), pelo prefeito Luiz Tadeu Leite, durante encontro com o gestor da Petra, Guilherme Pena Castilho e funcionários da Global Serviços Geofísicos Ltda., empresa contratada para execução da pesquisa. “Existe a possibilidade de ter petróleo e gás natural no subsolo de Montes Claros. Mas a pesquisa é demorada”, explicou Castilho. Segundo ele, a Petra tem concessão para explorar área de 72 mil quilômetros quadrados em Minas Gerais, o que engloba 83 municípios.
O chefe do Executivo recebeu a notícia com entusiasmo, diante das oportunidades e benefícios que sua concretização pode trazer para o município e a região. “Sejam bem-vindos a nossa cidade e contem conosco no que for necessário”, disse Tadeu Leite aos representantes da Petra e da Global.
Conheça a Petra Energia
Petroleira novata surgida no rastro da febre pelo petróleo brasileiro em terra, a Petra Energia é controlada pelo empresário pernambucano Roberto Viana, com pequena participação de 9% do BTG Pactual.
Com perfil diferente da personalidade performática dos controladores da OGX e da HRT, a Petra é uma companhia de capital fechado que não está sempre na mídia e seu dono, Roberto Viana, é avesso à exposição pública. Tem verdadeiro horror de ser comparado aos novos milionários do setor como Eike Batista e Márcio Mello, da HRT. A companhia buscou no exterior um time de geólogos e geofísicos, a maioria brasileiros com carreira internacional, e Viana prefere que eles sejam a parte mais visível da companhia. Um dos diretores executivos é Read Taylor, ex-presidente da Devon no Brasil e América Latina. Alguns fizeram carreira na Shell, como o diretor-executivo Julian Fowles, ex-executivo da área de exploração e produção; o vice-presidente de exploração, Jonas Castro (ex-Petrobras, ANP e Shell); Antonio Tisi (ex- El Paso e Shell); e o diretor de geofísica, Fernando Neves. O diretor financeiro é Cláudio Sassaki, ex-vice-presidente do Goldman Sachs e Credit Suisse.
Concessão em Minas Gerais
A Petra tem a concessão para explorar 24 blocos em Minas. Ela tem a maior área de exploração em bacias terrestres do país e, em Minas, tem área exploratória maior que de todas as concorrentes. O Estado também é o único local onde a empresa, que é sócia da OGX no Maranhão e da HRT no Solimões, não abriu espaço para novos sócios. No momento negocia com a russa TNK-BP uma quantia bilionária por sua participação acionária nos blocos operados pela HRT na Amazônia.
Na companhia, o que se diz é que a bacia do São Francisco "corre o risco de se tornar a bacia número um em terra no Brasil". Para isso, será necessário encontrar mais reservatórios e confirmar sua viabilidade comercial. Hoje, as maiores produtoras de gás em terra do país são as bacias do Solimões (AM), Recôncavo (BA) e Alagoas (AL).
Como é a pesquisa
Da esquerda para a direita: Lucio Prevatti, Jonas Castro, Fernando Neves e Antonio Tisi, o time de exploracionistas da Petra
“Minas Gerais tem a maior malha rodoviária do país, e grande par­te dessas estradas cruza nossos blocos. Usamos essa malha a nosso favor, ado­tando o vibro seismic, reconhecidamen­te mais rápido e barato que os levanta­mentos convencionais”, explica o engenheiro da empresa.
Apesar de menor, o investimento total na sísmica com caminhões vibra­dores não será pequeno. Tendo em vista o valor da coleta dos primeiros 6 mil km, de US$ 29 milhões, pode-se projetar que os 19 mil km totais deve­rão ficar acima dos US$ 90 milhões.
Pesquisa em Montes Claros
Prevista para começar a operar até setembro, uma segunda equipe sísmica da Global irá atuar inicialmente em Montes Claros, cobrindo um raio de 150 km no entorno da cidade. Para essa campanha foram trazidos outros seis caminhões vi­bradores, todos vindos da Argentina.
Com os 11 caminhões, o levanta­mento passará a ser feito em duas fren­tes, ambas atuando, a partir de setem­bro, nos blocos da parte nordeste. O projeto para a área é cobrir, ao longo de quatro meses, 2,6 mil km, mapeando os blocos SF-T-85, SF-T-86, SF-T-94, SF-T-95, SF-T-96, SF-T-105, SF-T-106 E SF-T-115.
Cumprida essa etapa, o plano é deslocar, no início de 2012, uma das equipes para o chamado corredor leste, para cobrir o SF-T-121, e ou­tra para o SF-T-92. Mais à frente, as equipes devem ser remanejadas pa­ra os blocos SF-T-126 e SF-T-121, que têm prazos exploratórios maiores.
Com as duas equipes, a Global es­pera alcançar um ritmo médio mensal de 1,4 mil km coletados. “Hoje temos, no total, 150 pessoas trabalhando para a Petra, na parte de campo e de escritó­rio. Com a nova equipe, devemos ele­var esse contingente para cerca de 200 pessoas”, diz Sean Siegfried, um dos responsáveis pelo mapeamento.
Os técnicos produzirão imagens das camadas de rocha de subsuperfície nas estradas vicinais montes-clarenses, para identificar estruturas que contenham hidrocarbonetos, indicação de que há petróleo ou gás natural. O trabalho é feito com equipamentos especializados, provocando vibrações no solo que são captadas por instrumentos chamados geofones. As informações são processadas e interpretadas, o que possibilita o conhecimento geológico da bacia.
O estudo também foi autorizado pelo Departamento de Infraestrutura de Transporte (DNIT), pelo Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG) e pelos órgãos reguladores ambientais, por atender às exigências legais.

4 comentários:

  1. Montes Claros e região está de parabéns com esse trabalho que com certeza envolve excelentes profissionais acima de tudo a consciência e preocupação com o Meio Ambiente na Bacia do São Francisco. Todo esse projeto já está trazendo grande reconhecimento e desenvolvimento para Montes Claros e região. Parabéns!

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  2. a petra esta em lagoinha .a petra cosertou a estrada rural que estava largada pela prefeitura de montes claros

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  3. ok. Petra, explica pro povo montes clarense se as vibrações produzidas pelos caminhões vibradores seus tem ou nao tem relação intima com os tremores de terra ocorridos aqui, deixando-nos aflitos,stressados , aturdidos pelo desconhecido.???? Ate onde vale deixar 450 mil habitantes em agonia ?? Falaai ROBERTO VIANA...............

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  4. Bom, eu até agora só vi, vantagem para a empresa e a população de montes claros fica sofrendo com esses tremores de terra, e muito estranho pois quando vem o tremores de terra parece que tem pessoas andando embaixo da terra, peço esclarecimento junto a prefeitura sobre o ocorrido! Queremos vê documentos que prove que essas experiência não vai afetar a população! Um forte abraço.

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