quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Montes Claros gera alto indice de postos de trabalho

Principal cidade-polo do Norte de Minas, Montes Claros está se preparando para receber investimentos, atraídos graças à estratégia do governo do Estado de direcionar o desenvolvimento econômico e social para região como forma de diminuir as discrepâncias regionais do território mineiro.
O município tem hoje um dos mais altos índices de empregabilidade do Estado. A maior parte das vagas geradas, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Montes Claros, Edgard Santos Filho, está ligada à abertura de empresas dos setores de comércio e serviços, que já responde por 60% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal – a indústria tem participação de 20% e os agronegócio de 20%.
“Hoje, a principal atividade econômica de Montes Claros é o setor de comércio e serviços. Porém, também é preciso destacar o papel da construção civil como grande empregadora da mão de obra local. A abertura de novas oportunidades de trabalho formal na cidade também ocorre em função da instalação de indústrias de diferentes segmentos no município”, explica o secretário.
De acordo com os últimos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao contrário do saldo do emprego formal de Minas Gerais, que apesar de ter se mantido positivo entre janeiro e julho, caiu 15,5% frente ao mesmo período de 2010, em Montes Claros, o superávit, nesta comparação, cresceu 2,5%.
Entre janeiro e julho, a diferença entre contratações (19.338) e demissões (16.861) em Montes Claros ficou positiva em 2.477 vagas. O setor de comércio e serviços respondeu pela geração de 13.646 postos de trabalho, mais de 70% do número total de empregos gerados no município no intervalo.
Parte relevante da geração de empregos, como destaca o secretário, está vinculada à abertura de empresas no município. Conforme a Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg), o município está na terceira posição do ranking estadual em constituição de negócios, com a formalização de 1.978 empreendimentos no acumulado ano até julho, 6,6% a mais que em iguais meses de 2010.
No âmbito da constituição de empresas do setor de serviços, a Zurich, multinacional de origem suíça que atua em mais de 170 países, inaugurou neste mês uma unidade da Zurich Atendimento ao Corretor (ZAC) na cidade. A Gollog, braço da companhia aérea Gol voltado para o transporte de cargas, também abriu loja no aeroporto do município.
Outro dado que comprova a força do setor de comércio e serviços de Montes Claros é o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS). Entre janeiro e julho, a arrecadação do imposto somou R$ 84,2 milhões, o que significa alta de 17,4% em relação ao montante registrado no idêntico intervalo do ano passado. O município responde pela 13ª maior receita de ICMS em Minas Gerais.
Diversificação – Sobre o crescimento e diversificação do parque produtivo de Montes Claros, Santos Filho lembra que a estratégia do governo de Minas de direcionar o desenvolvimento do Estado para a região Norte tem impulsionado a atração de investimentos para o município. Ele lembra que, no início de julho, a Alpargatas S/A formalizou aporte de R$ 177 milhões na construção de uma planta destinada à produção de sandálias Havaianas no município.
O empreendimento, de acordo com informações da empresa, vai gerar 2.250 empregos diretos e 3 mil indiretos. A Alpargatas vai completar e diversificar o parque produtivo do município, que já conta com unidades fabris da Companhia de Tecidos Norte de Minas (Coteminas), da fabricante de insulina dinamarquesa Novo Nordisk e da fábrica de Leite Moça da Nestlé, entre outros.
A Novo Nordisk, inclusive, tem alavancado a receita do município gerada com exportações. Entre janeiro e julho, Montes Claros exportou US$ 235,7 milhões, 55,6% mais que no mesmo período um ano antes. Os medicamentos à base de insulina fabricados pela empresa e majoritariamente embarcados para a Dinamarca, tiveram participação de 81%na pauta de remessas.
(LEONARDO FRANCIA – Diário do Comércio)

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