É constitucional o direito de greve e professores querem apenas que o governo mineiro cumpra a Lei, pagando o Piso Nacional.
Há dois meses em greve, resistindo com obstinação a todos os ataques de um governo que adota medidas despóticas, que reduz ilegalmente a remuneração dos educadores; que corta salários, que ameaça contratar ilegalmente substitutos para os professores em greve; que compra a mídia para nos atacar diariamente, que usa a máquina do estado para massacrar grevistas... Nada disso intimidou professores, nada disso fez calar os profissionais da educação, nada disso fez grevistas desistirem dos seus direitos. De fato o movimento tornou-se uma ameaça ao poder dominante, ou aos poderes dominantes.
O governo apostou no declínio da greve após o recesso de julho, combinado com a redução e o corte dos salários dos guerreiros e guerreiras em greve. Colheu tempestade: a greve se fortalece a cada dia. Por mais que um ou outro profissional tenha se cansado e voltado para a escola, o que se nota é que a grande maioria continua firme na luta e que a greve vem recebendo adesão de toda parte.
A última cartada do governo, a contratação de professores-tampão para substituir ilegalmente professores em greve para os alunos do 3º ano do 2º Grau é na verdade uma declaração de desespero do governo de Minas. Ele sabe que está cada vez mais sem chão, literalmente, para fugir da responsabilidade constitucional de pagar o piso.
Para uma greve que teria, segundo o governo, atingido apenas 2% da categoria, fica difícil explicar para a população porque tanto alarde, tanta publicidade paga na TV, tanto auê em torno da proximidade das provas do ENEM e dos vestibulares.
Mais uma vez, o governo joga para a torcida, tentando passar a idéia, falsa, de que está preocupado em garantir educação para a sociedade. É falso porque, se de fato estivesse preocupado em garantir ensino de qualidade para todos, como manda a Constituição Federal, teria sentado com a categoria e negociado seriamente o pagamento do piso a que temos direito pela Lei Federal.
Para uma greve que teria, segundo o governo, atingido apenas 2% da categoria, fica difícil explicar para a população porque tanto alarde, tanta publicidade paga na TV, tanto auê em torno da proximidade das provas do ENEM e dos vestibulares.
Mais uma vez, o governo joga para a torcida, tentando passar a idéia, falsa, de que está preocupado em garantir educação para a sociedade. É falso porque, se de fato estivesse preocupado em garantir ensino de qualidade para todos, como manda a Constituição Federal, teria sentado com a categoria e negociado seriamente o pagamento do piso a que temos direito pela Lei Federal.
Mas, Minas tornou-se um estado de exceção, onde a mídia relembra os piores períodos ditatoriais da república brasileira; onde os poderes constituídos tornaram-se apêndice do poder executivo, cumprindo um papel vergonhoso de linha auxiliar dos governantes de plantão, e com isso rasgando em muitos pedaços a Carta Magna inscrita em 1988.
Com informações do professor Euler Conrado
Com informações do professor Euler Conrado
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